quarta-feira, 30 de julho de 2008

Fábula: O Camelo, o Elefante e o Macaco

Votavam os animais para eleger um rei.
O camelo e o elefante se puseram a disputar os votos, já que esperavam ser preferidos por causa de seu tamanho e sua força. Porém chegou o macaco e os declarou incapazes de reinar:


_O camelo não serve - disse - porque não se encoleriza contra os bandidos e o elefante tampouco nos serve porque teremos de temer o ataque do marrano (porco), animal a quem teme o elefante.

Esopo

sexta-feira, 25 de julho de 2008

A Vaquinha

Um Mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita ...
Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos.
Chegando ao sítio constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeiras, os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas ...
Então se aproximou do senhor aparentemente o pai daquela família e perguntou:
_ Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho, então como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?
E o senhor calmamente respondeu:
_ Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos e a outra parte nós produzimos queijo, coalhada, etc ... para o nosso consumo, e assim vamos sobrevivendo.
O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora.
No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou:
_ Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá em baixo.
O jovem arregalou os olhos espantando e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silêncio absoluto do seu mestre, foi cumprir a ordem.
Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.
Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos e um belo dia ele resolveu largar tudo o que havia aprendido e voltar naquele mesmo lugar e contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-los.
Assim fez, e quando se aproximava do local avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim.
Ficou triste e desesperado imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver, "apertou" o passo e chegando lá, logo foi recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos e o caseiro respondeu:
_ Continuam morando aqui.
Espantado ele entrou correndo na casa, e viu que era mesmo a família que visitara com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha):
_ Como o senhor melhorou este sítio e está tão bem de vida ???
E o senhor entusiasmado, respondeu:
_ Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu, daí em diante tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos, assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora ...

Ponto de reflexão:
Todos nós temos uma vaquinha que nos dá alguma coisa básica para sobrevivência e uma conveniência com a rotina. Descubra qual, a sua ...
Aproveite o dia de hoje para empurrar sua "vaquinha" morro abaixo.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Poesia: Leilão de Jardim

Cecília, a Meireles fez um leilão...

LEILÃO DE JARDIM

Quem me compra um jardim com flores?

Borboletas de muitas cores,

lavadeiras e passarinhos?

Ovos verdes e azuis nos ninhos?

Quem me compra este caracol?

Quem me compra um raio de sol?

Um lagarto entre o muro e a hera,

uma estátua da Primavera?

Quem me compra este formigueiro?

E este sapo, que é jardineiro?

E a cigarra e a sua canção?

E o grilinho dentro do chão?

(Este é meu leilão)

Cecília Meireles

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Fábula: O Cavalinho e a Borboleta

Esta é a história de duas criaturas de Deus que viviam numa floresta distante há muitos anos atrás.
Na verdade, não tinham praticamente nada em comum, mas em certo momento de suas vidas se aproximaram e criaram um elo.
A borboleta era livre, voava por todos os cantos da floresta enfeitando a paisagem. Já o cavalinho tinha grandes limitações, não era bicho solto que pudesse viver entregue à natureza. Nele, certa vez, foi colocado um cabresto por alguém que visitou a floresta e a partir daí sua liberdade foi cerceada.
A borboleta, no entanto, embora tivesse a amizade de muitos outros animais e a liberdade de voar por toda a floresta, gostava de fazer companhia ao cavalinho, agradava-lhe ficar ao seu lado e não era por pena, era por companheirismo, afeição, dedicação e carinho.
Assim, todos os dias, ia visitá-lo e, lá chegando, levava sempre um coice, depois então um sorriso. Entre um e outro ela optava por esquecer o coice e guardar dentro do seu coração o sorriso.Sempre o cavalinho insistia com a borboleta que lhe ajudasse a carregar o seu cabresto por causa do seu enorme peso.
Ela, muito carinhosamente, tentava de todas as formas ajudá-lo, mas isso nem sempre era possível por ser ela uma criaturinha tão frágil.Os anos se passaram e numa manhã de verão a borboleta não apareceu para visitar o seu companheiro. Ele nem percebeu, preocupado que ainda estava em se livrar do cabresto.
E vieram outras manhãs e mais outras e milhares de outras, até que chegou o inverno e o cavalinho sentiu-se só, e finalmente percebeu a ausência da borboleta.
Resolveu então sair do seu canto e procurar por ela.Caminhou por toda a floresta a observar cada cantinho onde ela poderia ter se escondido e não a encontrou. Cansado se deitou embaixo de uma árvore.
Logo em seguida um elefante se aproximou e lhe perguntou quem era ele e o que fazia por ali.

- Eu sou o cavalinho do cabresto e estou à procura de uma borboleta que sumiu.
- Ah, é você então o famoso cavalinho?
- Famoso, eu?
- É que eu tive uma grande amiga que me disse que também era sua amiga e falava muito bem de você. Mas, afinal, qual borboleta que você está procurando?
- É uma borboleta colorida, alegre, que sobrevoa a floresta todos os dias visitando todos os animais amigos.
- Nossa, mas era justamente dela que eu estava falando. Não ficou sabendo? Ela morreu e já faz muito tempo.
- Morreu? Como foi isso?
- Dizem que ela conhecia aqui na floresta um cavalinho, assim como você, e todos os dias quando ela ia visitá-lo ele dava-lhe um coice. Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a ela quem havia feito aquilo, mas ela jamais contou a alguém.
Insistíamos muito para saber quem era o autor daquela malvadeza e ela respondia que só ia falar das visitas boas que tinha feito naquela manhã e era aí que ela falava com a maior alegria de você.Nesse momento o cavalinho já estava derramando muitas lágrimas de tristeza e de arrependimento.
- Não chore meu amigo, sei o quanto você deve estar sofrendo. Ela sempre me disse que você era um grande amigo, mas entenda, foram tantos os coices que ela recebeu desse outro cavalinho que acabou perdendo as asinhas, depois ficou muito doente, triste, sucumbiu e morreu.
- E ela não mandou me chamar nos seus últimos dias?
- Não, todos os animais da floresta quiseram lhe avisar, mas ela disse o seguinte:
"Não perturbem meu amigo com coisas pequenas; ele tem um grande problema que eu nunca pude ajudá-lo a resolver. Carrega no seu dorso um cabresto, então será cansativo demais pra ele vir até aqui".


Pontos de Reflexão:
Você pode até aceitar os coices que lhe derem quando eles vierem acompanhados de beijos, mas em algum momento da sua vida, as feridas que eles vão lhe causar não serão mais possíveis de serem cicatrizadas.

Quanto ao cabresto que você tiver que carregar durante a sua existência, não culpe ninguém por isso, afinal, muitas vezes foi você mesmo que o colocou no seu dorso.OU PERMITIU QUE FOSSE COLOCADO.

Espero que você possa aceitar as coisas como elas são…Sem pensar que tudo conspira contra você…Porque parte de nós é entendimento… a outra parte é aprendizado…

Que você possa ter forças para vencer todos os seus medos…Que no final possa alcançar todos os seus objetivos…Que tudo aquilo que você vê e escuta possa lhe trazer conhecimento….

nós somos o que vivemos, a outra parte é o que esperamos…

Que durante a sua vida você possa construir sentimentos verdadeiros….

Que você possa aceitar que só quem soube da sombra, pode saber da luz

Para ser feliz não existe poção mágica. É preciso somente que tenha a alma limpa e desprovida de mágoas e rancores.

Quanto mais tempo ficarmos remoendo as dores mais tempo levaremos para cicatrizar as feridas.
Estamos aqui de passagem. Nada trouxemos e nada levaremos.Cada um é livre para cumprir a sua missão…

Agradeço, Senhor, os verdadeiros amigos, mesmo imperfeitos e limitados!

Muitas vezes decepciono-me, esquecida(o) de que sou eu quem erra quando espero deles uma perfeição e um perfeito amor o qual somente Vós possui e mesmo aqueles que Vos amam verdadeiramente, são falhos, porque são humanos

Agradeço, Senhor, pela sua compaixão, pela sua graça, pela sua bondade, que estão sempre presentes, sustentando-me nos momentos mais difíceis.

Agradeço, Senhor, pela pessoa que sou.E QUE MEUS AMIGOS(AS) PERDOEM-ME POR SER IMPERFEITO(A)

Que Assim Seja….

sexta-feira, 11 de julho de 2008

A Fada Oriana l


Era uma velha muito velha que vivia numa casa velhíssima. E dentro da casa só havia trapos, móveis partidos e louça rachada. Oriana espreitou pela janela que não tinha vidro.
A velha estava a arrumar a casa e enquanto trabalhava falava sozinha, dizendo:
_ Que negra vida, que negra vida! Estou tão velha como o tempo e ainda preciso trabalhar. E não tenho nem filho nem filha que me ajude. Se não fossem as fadas que seria de mim?
Quando eu era pequena brincava na floresta e os animais, as folhas e as flores brincavam comigo. A minha mãe penteava os meus cabelos e punha uma fita a dançar no meu vestido. Agora, se não fossem as fadas, que seria de mim?
Quando eu era nova ria o dia todo. Nos bailes dançava sempre sem parar. Tinha muito mais do que cem amigos. Agora sou velha, não tenho ninguém. Se não fossem as fadas que seria de mim?
Quando eu era nova tinha namorados que me diziam que eu era linda e me tiravam cravos quando eu passava. Agora os garotos correm atrás de mim, chamam-me "velha"
, "velha" e atiram-me pedras. Se não fossem as fadas que seria de mim?
Quando eu era nova tinha um palácio, vestidos de seda, aios e lacaios. Agora estou velha e não tenho nada. Se não fossem as fadas que seria de mim?
Oriana ouvia esta lamentação todas as manhãs e todas as manhãs ficava triste, cheia de pena da velha, tão curvada, tão enrugada e tão sozinha, que passava os dias inteiros a resmungar e a suspirar.
As fadas só se mostram às crianças, aos animais, às árvores e às flores. Por isso a velha nunca via Oriana; mas, embora não a visse, sabia que ela estava ali, pronta a juda-la.
Depois de ter varrido a casa, a velha acendeu o lustre e pôs a água a ferver. Abriu a lata do café e disse:
– Não tenho café.
Oriana tocou com a sua varinha de condão na lata e a lata encheu-se de café. A velha fez o café e depois pegou na caneca de leite e disse:
– Não tenho leite.
Oriana tocou com a sua varinha de condão na caneca e a caneca encheu-se de leite.
A velha pegou no açucareiro e disse:
– Não tenho açúcar.
Oriana tocou com a varinha de condão no açucareiro e o açucareiro encheu-se de Açúcar.
A velha abriu a gaveta do pão e disse:
– Não tenho pão.
Oriana tocou com a varinha de condão na gaveta e dentro da gaveta apareceu um pão com manteiga.
A velha pegou no pão e disse:
– Se não fossem as fadas que seria de mim!
E Oriana, ouvindo-a, sorriu.



Sophia de Mello Breyner Andresen,
A Fada Oriana, Porto, Ed. Figueirinhas, 2000

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Fábula: A Assembleia dos Ratos

Um gato de nome Faro-Fino fez tais estragos na rataria de uma casa velha que os sobreviventes, sem coragem para saírem das tocas, estavam quase a morrer de fome.

Tornando-se muitíssimo séria a situação, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão.

Aguardaram para isso, e certa noite em que Faro-Fino andava pelos telhados, fazendo versos à lua.
_ Penso – disse um deles _ que o melhor meio de nos defendermos de Faro-Fino é atando-lhe um guizo ao pescoço. Assim, quando ele se aproximar, o guizo denuncia-o e fugimos a tempo.

Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado por unanimidade. Só votou contra um rato bastante casmurro, que pediu a palavra e disse:
_ Está tudo muito certo. Mas quem vai amarrar o guizo ao pescoço de Faro-Fino?

Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nós. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem.
E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação.



(Fábulas de La Fontaine)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Rapunzel

Era uma vez um lenhador que vivia feliz com sua esposa.
Os dois estavam muito contentes porque a mulher estava grávida do primeiro filho do casal.
Ao lado da casa do lenhador morava um bruxa muito egoísta.
Ela nunca dava nada para ninguém.
O quintal de sua casa era enorme e tinha um pomar e uma horta cheios de frutas e legumes saborosos, mas a bruxa construiu um muro bem alto cercando seu quintal, para ninguém ver o que tinha lá dentro!
Na casa do lenhador havia uma janela que se abria para olado da casa da bruxa, e sua esposa ficava horas ali olhando paraos rabanetes da horta, cheia de vontade...
Um dia a mulher ficou doente.
Não conseguia comer nada que seu marido lhe preparava.
Só pensava nos rabanetes...
O lenhador ficou preocupado com a doença de sua mulher e resolveu ir buscar os rabanetes para a esposa.
Esperou anoitecer, pulou o muro do quintal da bruxa e pegou um punhado deles.
Os rabanetes estavam tão apetitosos que a mulher quis comer mais.
O homem teve que voltar várias noites ao quintal da bruxa pois, graças aos rabanetes, a mulher estava quase curada.
Uma noite, enquanto o lenhador colhia os rabanetes, a velha bruxa surgiu diante dele cercada por seus corvos.
— Olhem só! — disse a velhota — Agora sabemos quem está roubando meus rabanetes!
O homem tentou se explicar, mas a bruxa já sabia de tudo eexigiu em troca dos rabanetes a criança que ia nascer.
O pobre lenhador ficou tão apavorado que não conseguiu dizer não para a bruxa.
Pouco tempo depois, nasceu uma linda menina. O lenhador e sua mulher estavam muito felizes e cuidavam da criança com todo o carinho.
Mas a bruxa veio buscar a menina.
Os pais choraram e imploraram para ficar com a criança, mas não adiantou. A malvada a levou e lhe deu o nome de Rapunzel.
Passaram-se os anos. Rapunzel cresceu e ficou muito linda.
A bruxa penteava seus longos cabelos em duas traças, e pensava:
“Rapunzel está cada vez mais bonita! Vou prendê-la numa torre da floresta, sem porta e com apenas uma janela, bem alta, para que ninguém a roube de mim, e usarei suas tranças como escada.”
E assim aconteceu.
Rapunzel, presa na torre, passava os dias trançando o cabelo e cantando com seus amigos passarinhos.
Todas as vezes que a bruxa queria visitá-la ia até a torre e gritava:
— Rapunzel! Jogue-me suas tranças!
A menina jogava as tranças e a bruxa as usava para escalar a torre.
Um dia passou por ali um príncipe que ouviu Rapunzel cantarolando algumas canções.
Ele ficou muito curioso para saber de quem era aquela linda voz.
Caminhou as redor da torre e percebeu que não tinha nenhuma entrada, e que a pessoa que cantava estava presa.
O príncipe ouviu um barulho e se escondeu, mas pôde ver a velha bruxa gritando sob a janela:
— Rapunzel! Jogue-me suas tranças!
O príncipe, então, descobriu o segredo. Na noite seguinte foi até a torre e imitou a voz da bruxa:
— Rapunzel! Jogue-me suas tranças!
Rapunzel obedeceu o chamado, mas assustou-se ao ver o príncipe entrar pela janela.
— Oh! Quem é você? — perguntou Rapunzel.
O príncipe contou o que acontecera e declarou seu amor por Rapunzel.
Ela aceitou se encontrar com ele, mas pediu que os encontros fossem às escondidas, pois a bruxa era muito ciumenta.
Os dois passaram a se ver todos os dias, até que Rapunzel, muito distraída, disse um dia para a bruxa:
— Puxa, a senhora é bem mais pesada que o príncipe!
A bruxa descobriu os encontros da menina com o príncipe e cortou suas tranças.
Chamou seus corvos e ordenou que levassem Rapunzel para o deserto para que ela vivesse sozinha.
O príncipe, que não sabia de nada, foi visitar Rapunzel.
A bruxa segurou as tranças da menina e as jogou para baixo.
Quando ele chegou na janela, a bruxa o recebeu com uma risada macabra e largou as tranças.
Ele despencou, caindo sobre uma roseira. Os espinhos furaram seus olhos, e ele ficou cego.
Mesmo assim, o príncipe foi procurar sua amada Rapunzel, tateando e gritando seu nome.
Andou por dias, até chegar ao deserto.
Rapunzel ouviu o príncipe chamar por ela e correu ao seu encontro.
Quando descobriu que o príncipe estava cego começou a chorar. Duas lágrimas caíram dentro dos olhos do rapaz e ele voltou a enxergar!
Assim, os dois jovens foram para o palácio do príncipe, se casaram e viveram felizes.
Os pais de Rapunzel foram morar no palácio e a bruxa egoísta ficou com tanta raiva que se trancou na torre e nunca mais saiu de lá.

Rapunzel
Adaptado do conto dos Irmãos Grimm